Opinião
Nasci da cultura popular e defendo o carnaval
Por Cauê Fuhro Souto
Vereador pelo União Brasil
Sou filho de uma artista pelotense, infelizmente já falecida. Foi dançarina e coreografa minha amada mãe, Berê Fuhro Souto. Uma liderança que se somava ao combate da desigualdade existente no cenário cultural, algo que representa a desigualdade social do próprio País.
Para alguns agentes públicos e políticos a cultura é algo fútil, banal, mas penso exatamente ao contrário. Cultura é algo necessário, que acrescenta conhecimento e estimula o senso crítico das pessoas, uma grande fonte de renda para artistas e para o setor produtivo das cidades.
Quando assumi a cadeira na Câmara Municipal de Pelotas, logo refleti: "agora como vereador quero fazer acontecer, sei que dentro dos limites que o Poder Legislativo possui em termos de execução".
Neste ano de 2023 tive a oportunidade de indicar a aplicação de recursos do orçamento do município de Pelotas, por meio da emenda impositiva. E tomei a decisão de garantir um valor de R$ 50 mil para o carnaval 2024. Fui o vereador de Pelotas que mais investiu para a estruturação da festa de nossa cidade.
Sei que o carnaval sofre ataques de quem carrega o preconceito de setores mais elitistas da sociedade, se defende de discursos oportunistas de agentes políticos que se dizem comprometidos e falam em prioridade nos períodos eleitorais, mas viram as costas depois que atingem seus objetivos pessoais.
Falo com orgulho que sou o vereador de Pelotas que mais investiu na realização da folia de momo de nosso Município. Mesmo que saiba que é necessário avançar com a profissionalização de todos que participam.
Em Pelotas temos uma característica peculiar. Uma diversidade de categorias de desfiles, para quem gosta de assistir as escolas de samba, adultas e as mirins, e para quem queria se divertir nos blocos burlescos e nas bandas carnavalescas.
O recurso que destinei sei que será aplicado na ferragem, na loja de aviamentos, na costureira, nos pagamentos de músicos, equipes de barracão, em fantasias, e proporcionará ocupação para o pipoqueiro, bilheteiro, segurança, jurados, para os donos de estruturas como arquibancadas e camarotes. O valor será multiplicado em arte e postos de trabalho.
Quem acha exagero, convido para que compareça nos dias 15,16 e 17 de março e prestigie o carnaval de Pelotas.
Passada esta edição, serei proponente de uma ampla discussão para que possamos ir além em 2025, e quem sabe não consigamos a nossa tão sonhada passarela do samba.
Para isso, precisamos de agentes políticos com o verdadeiro compromisso com o carnaval, com os carnavalescos, e desta forma jamais deixaremos "o samba, o carnaval morrer", que continua vivo em todos nós.
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